21 de dezembro de 2011

9 de dezembro de 2011

Andréa del Fuego - Prémio Saramago 2011


Andréa del Fuego (São Paulo, 1975), é uma escritora brasileira. É autora da trilogia de contos Minto enquanto posso (2004), Nego tudo (2005) e Engano seu (2007). Participa das antologias Os cem menores contos brasileiros do século e 30 mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira, entre outras. Publicou também Blade Runner, em 2007, pela editora Mojo Books. Publicou em 2008 o romance juvenil Sociedade da Caveira de Cristal e, este ano, Os Malaquias, com o qual venceu o prémio José Saramago.

Prémios Saramago

O Prémio Literário José Saramago, instituído pela Fundação Círculo de Leitores em 1999, é atribuído a uma obra literária, escrita em língua portuguesa por jovens autores, cuja primeira edição tenha sido publicada num país da lusofonia.

O Prémio celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 ao escritor português José Saramago, tem uma periodicidade bianual e o valor pecuniário do prémio é de 25 mil euros. O júri é composto por 5 a 10 elementos de reconhecido mérito no âmbito cultural.

Segundo o Regulamento, «O Prémio distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por um escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país da lusofonia, excluindo obras póstumas.»

Vencedores

Edição
Ano
Autor
Obra
País
1999
Natureza Morta
Portugal
2001
Nenhum Olhar
Portugal
2003
Sinfonia em Branco
Brasil
2005
Jerusalém
Portugal
2007
O Remorso de Baltazar Serapião
Portugal
2009
As Três Vidas
Portugal
2011
Os Malaquias
Brasil

                                                                                                                        Fonte: http://pt.wikipedia.org
Regulamento da 7ª Edição do Prémio José Saramago - 2011 (Já atribuído)
1.O Prémio Literário José Saramago, instituído pela Fundação Círculo de Leitores com periodicidade bienal, celebra a atribuição do Prémio Nobel da Literatura de 1998 ao escritor José Saramago, destina-se a promover a divulgação da cultura e do património literário em língua portuguesa, através do estímulo à criação e dedicação à escrita por jovens autores da lusofonia.
2.O Prémio distingue uma obra literária no domínio da ficção, romance ou novela, escrita em língua portuguesa, por escritor com idade não superior a 35 anos, cuja primeira edição tenha sido publicada em qualquer país da lusofonia, excluindo as obras póstumas, bem como os autores que tenham já sido premiados em edições anteriores do Prémio. Nesta sétima edição, o Prémio contemplará uma obra publicada em 2009 ou 2010 por escritor que à data da publicação da obra (mês e ano incluídos na ficha técnica do livro), não tenha excedido a idade limite mencionada no corpo deste artigo.
3.O valor pecuniário do prémio a atribuir é de € 25.000,00.
4.As Obras admitidas a concurso terão que ser apresentadas à Fundação Círculo de Leitores pelas Instituições representativas dos Escritores e/ou dos Editores dos países respetivos até 30 de Abril de 2011, devendo para o efeito ser remetidos dez exemplares de cada obra concorrente, para a seguinte morada: Rua Professor Jorge da Silva Horta n.º 1, 1500-499 Lisboa.
5.A Fundação Círculo de Leitores procederá à divulgação do Concurso através dos meios de comunicação social, bem como através das Associações representativas dos Escritores e dos Editores de todos os países da lusofonia.
6.O Prémio será atribuído por um Júri composto por um mínimo de cinco e um máximo de dez personalidades de reconhecido mérito no âmbito cultural, cabendo a Presidência ao representante da Fundação Círculo de Leitores.
§ 1º Composição do Júri:
Guilhermina Gomes - Presidente
Nelida Piñon
Ana Paula Tavares
Pilar del Rio
Vasco Graça Moura
§ 2º O Presidente do Júri designará um Comité Executivo, que integra o Júri, constituído por três membros, Manuel Frias Martins, Maria de Santa Cruz e Nazaré Gomes dos Santos, a quem compete:
a)Verificar a regularidade formal das candidaturas recebidas;
b)Efetuar uma primeira leitura e um resumo de cada uma das obras concorrentes;
c)Emitir um comentário sobre cada uma das obras admitidas a concurso;
7.O Júri delibera com total independência e liberdade de critério, por maioria dos votos dos seus membros, cabendo ao Presidente o voto de qualidade em caso de empate. O Prémio poderá não ser atribuído, caso o Júri considere, por maioria, que as Obras apresentadas a concurso não têm a qualidade exigida. Haverá um único premiado. As decisões do Júri são irrecorríveis.
8.O Prémio será atribuído em Outubro de 2011 e a sua divulgação será efetuada através dos Órgãos de Comunicação Social. A entrega do Prémio ao Autor galardoado será efetuada em cerimónia pública, em data a fixar.
9.As Edições subsequentes da obra galardoada deverão referenciar, em local devidamente destacado do volume e na cinta, a menção “Prémio Literário José Saramago - Fundação Círculo de Leitores”.
10.Os exemplares enviados não serão devolvidos.

2 de dezembro de 2011

1 de Dezembro de 1640 - RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL


heráldica





Aqui fica o hino que celebra este evento histórico:

"Portugueses celebremos
O dia da Redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Ávante! Ávante!
É voz que soará triunfal
Vá ávante mocidade de Portugal!
Vá ávante mocidade de Portugal!"









Para ouvir, clique no link:
http://www.youtube.com/watch?v=CX2roSxua3k

13 de novembro de 2011

Sugestão de Leitura





São poucos os escritores da África Meridional conhecidos do grande público. Pepetela (cujo nome verdadeiro é Arthur Maurício Pestana dos Santos) é angolano. Angola, país de colonização portuguesa, conseguiu a independência apenas em 1975. Depois da guerra de libertação, mergulhou num período de guerra civil, em que lutavam de um lado os afiliados ao Movimento pela Libertação de Angola (MPLA), liderado por Agostinho Neto e apoiado pela União Soviética, e de outro os seguidores de Jonas Savimbi, líder da União Nacional pela Libertação Total de Angola (Unita), que contava com o apoio dos Estados Unidos. Essa guerra acabou somente em 2005, com a morte de Savimbi, e o país ainda se encontra arrasado, coberto de minas e carente de infra-estrutura.

Em Mayombe, um de seus inúmeros romances, Pepetela conta a história de um grupo guerrilheiro acampado no meio da mata. É gente sem recursos de toda a espécie. Faltam comida, armas, estratégia. A maior parte dos soldados é analfabeta. Muitos não se entendem, pois pertencem a comunidades diferentes que falam línguas diversas. Até hoje, em Angola, há 36 idiomas, além do português.

Há problemas de hierarquia. Algumas etnias se consideram superiores às outras, e não aceitam receber ordens de comandantes considerados inferiores do ponto de vista cultural ou genético.

A aventura dessa gente, o medo, as superstições, a corrupção, o ambiente político, geográfico e psicológico, compõem uma história de aventura emocionante. Pepetela sabe do que fala. Lutou na guerrilha, como suas personagens. Dá ao leitor o privilégio de conhecer um universo muito particular, pouco divulgado. O da África negra, pobre, abandonada. E de conhecer as raízes de problemas que persistem até os dias actuais.


Liliana Marques

3 de novembro de 2011

NÃO SE MATE

Mulher-flor, Picasso

Carlos, sossegue, o amor
é isso que você está vendo:
hoje beija, amanhã não beija,
depois de amanhã é domingo
e segunda-feira ninguém sabe
o que será.

Inútil você resistir
ou mesmo suicidar-se.
Não se mate, oh não se mate,
reserve-se todo para
as bodas que ninguém sabe
quando virão,
se é que virão.

O amor, Carlos, você telúrico,
a noite passou em você,
e os recalques se sublimando,
lá dentro um barulho inefável,
rezas,
vitrolas,
santos que se persignam,
anúncios do melhor sabão,
barulho que ninguém sabe
de quê,
pra quê.

Entretanto você caminha
melancólico e vertical.
Você é a palmeira, você é o grito
que ninguém ouviu no teatro
e as luzes todas se apagam.
O amor no escuro, não, no claro,
é sempre triste, meu filho, Carlos,
mas não diga nada a ninguém, ninguém sabe nem saberá.



Carlos Drummond de Andrade

23 de outubro de 2011

11 de outubro de 2011

7 de outubro de 2011

Nobel da Literatura 2011

Tomas Tranströmer - o Nobel e Portugal


Nobel da Literatura 2011






FUNCHAL

O restaurante do peixe na praia, uma simples barraca,
construída por náufragos.
Muitos, chegados à porta, voltam para trás, mas não assim
as rajadas de vento do mar.
Uma sombra encontra-se num cubículo fumarento e assa
dois peixes, segundo uma antiga
receita da Atlântida. Pequenas explosões de alho.
O óleo flui nas rodelas do tomate. Cada dentada diz-nos que
o oceano nos quer bem,
um zunido das profundezas.

Ela e eu: olhamos um para o outro. Assim como se trepássemos
as agrestes colinas floridas,
sem qualquer cansaço. Encontramo-nos do lado dos animais,
bem-vindos, não envelhecemos. Mas já suportámos tantas
coisas juntos, lembramo-nos disso, momentos em que
de pouco ou nada servíamos (por exemplo, quando esperávamos
na bicha para doarmos sangue ao saudável gigante –
ele tinha prescrito uma transfusão).
Acontecimentos, que nos poderiam ter separado, se não nos tivessem
unido, e acontecimentos
que, lado a lado, esquecemos – mas eles não nos esqueceram!
Eles tornaram-se pedras. Pedras claras e escuras. Pedras de
um mosaico desordenado.
E agora mesmo acontece: os cacos voam todos na mesma direcção,
o mosaico nasce.
Ele espera por nós. Do cimo da parede, ilumina o quarto de hotel,
um design, violento e doce,
talvez um rosto, não nos é possível compreender tudo, mesmo
quando tiramos as roupas.

Ao entardecer, saímos.
A poderosa pata azul escura da meia ilha jaz expelida sobre o mar.
Embrenhamo-nos na multidão, somos empurrados, amigavelmente,
suaves controlos,
todos falam, fervorosos, na língua estranha.
“ Um homem não é uma ilha “

Por meio deles fortalecemo-nos, mas também por meio de
nós mesmos. Por meio daquilo que
existe em nós e que o outro não consegue ver. Aquela coisa
que só se consegue encontrar
a ela própria. O paradoxo interior, a flor da garagem, a válvula
contra a boa escuridão.
Uma bebida que borbulha nos copos vazios. Um altifalante
que propaga o silêncio.
Um atalho que, por detrás de cada passo, cresce e cresce.
Um livro que só no escuro se consegue ler.




LISBOA

No bairro de Alfama os eléctricos amarelos cantavam nas
subidas.
Havia duas prisões. Uma delas era para os gatunos.
Eles acenavam através das grades.
Eles gritavam. Eles queriam ser fotografados!

"Mas aqui", dizia o revisor e ria baixinho, maliciosamente,
"aqui sentam-se os políticos". Eu vi a fachada, a fachada, a fachada
e em cima, a uma janela, um homem,
com um binóculo à frente dos olhos, espreitando
para além do mar.

A roupa pendia no azul. Os muros estavam quentes.
As moscas liam cartas microscópicas.
Seis anos mais tarde, perguntei a uma dama de Lisboa:
Isto é real, ou fui eu que sonhei?

Tomas Tranströmer, poeta sueco


tradução de Luís Costa

5 de outubro de 2011

2 de outubro de 2011

Gauguin y Poniatowska, por Xavier Narval (México)



2 de octubre de 2011

El día de ayer tenia la firme intención de ir a ver la exposición 'José Saramago: La consistencia de los sueños', cosa que sin embargo, no fue posible por otras razones, pero estas razones y el hecho de pensar, caminar y fumar durante horas en el Centro Historico de la Ciudad de México me decidieron a por fin elegir un tema para esta entrada tan largamente prometida a mi querida amiga (y excelente maestra) Ana Tapadas... Quiero comenzar y terminar esta entrada con 2 ideas de Paul Gauguin, la primera es esta pintura y la segunda, la frase que se encuentra al final de este post... 


Woher kommen wir? Wer sind wir? Wohin gehen wir?
¿De donde venimos? ¿Que somos? ¿A donde vamos?
Paul Gauguin, 1987



Uno de mis libros favoritos es La Piel del Cielo de Elena Poniatowska, y aquella pregunta del inicio del libro que Lorenzo hace: "Mamá, ¿Allá atrás se acaba el mundo?" me hace pensar en el titulo de la pintura de de Gauguin, y en esos grandes interrogantes que a veces sospecho que nunca podremos resolver... pero lo que más me gusta del libro (además del hecho de que me siento identificado con uno de los personajes) es que el verdadero reto de Lorenzo no es desentrañar los misterior de la astronomia, sino la busqueda dentro de la cara oculta de las personas, que esconden pasiones y sentimientos, y de esta manera la novela nos acerca a los desafios mas inalcanzables: las estrellas y el amor, y así Lorenzo llega al descubrimiento más significativo de su vida cuando se da cuenta de que de nada sirve tener un cielo tan hermoso, allá arriba, sin nadie especial con quien compartirlo, desde abajo...

Y entonces, uno se da cuenta, casi sin querer, de la diferencia entre el pensamiento de Lorenzo y de Gauguin, al primero parece que las circunstancias lo condenan, su propia madre dice que el esta condenado a la infelicidad y entonces trata de buscar la seguridad del trabajo y la investigación, de sentirse seguro, de no arriesgar nada para asi no perder nada... para al final descubrir que lo esta perdiento todo. La vida de las estrellas, esa vida lejana, ausente y abstracta resulta en ocasiones más auténtica y real que la de los hombres y mujeres que puedo ver y tocar, escuchar y confrontar...
Por eso es que la frase de Gauguin me parece tan significativa al contrastarla con la novela de Poniatowska:






Prefiero pecar de confiado, aunque me lleve mil decepciones, a vivir desconfiando de todo y de todos. En el primer caso, se sufre solo en el momento del desengaño, y, en el segundo, se sufre constantemente.
-Paul Gauguin

OS LUSÍADAS - EDIÇÃO DIGITAL



Para leres, basta «clicares» na imagem:




28 de setembro de 2011

CONTAS COM QUEM ?




Carta de Eça de Queirós a Emília Castro




- Do País da Luz -

Não conheces ainda o mundo e os homens?
De quem esperas socorro?
Espera-o só de DEUS,
Ele to dará do seu cofre infinito de graças e de amor.
O seu cofre não tem dinheiros ....
Tem saúde, tem bênçãos, tem dotes de alma,
tem torrentes de luz, tem bálsamos para todas as dores,
tem consolações para todos os sofrimentos das almas...
Do recheio de seu cofre Ele reparte prodigamente contigo.
Pede-lhe e aceita e distribui.
Mas não contes com mais.
Nem com os teus, nem com os teus, crê.
Conta contigo.
Cambia em trabalho útil e produtivo
toda a rica moeda que Deus te pode dar do seu erário,
e desse trabalho irás tirando,
com amargura surdamente dolorida,
o pão para ti e para os teus.
Não delires.
Abandona esses propósitos de apostolado.
Numa época utilitária e fria,
cheia de egoísmo e materialidades sombrias
não encontrarás quem, para teu apostolado,
te dê o auxílio de um pataco.
Talvez encontrasses...
se tivessem um pataco falso!

(Eça de Queirós - 1845 / 1900)



                                          

22 de setembro de 2011

ACORDO ORTOGRÁFICO - ANO LECTIVO 2011/2012


ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA

Acordo Ortográfico
De acordo com a Resolução  do Conselho de Ministros n.º 8/2011, de 25 de Janeiro, o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa entra em vigor no sistema educativo português no ano letivo de 2011/2012.
O portal da DGIDC disponibiliza para professores, alunos, famílias e público em geral informação relevante sobre o Acordo Ortográfico, bem como propostas de atividades que poderão vir a ser desenvolvidas nas escolas.
Para aceder a toda a informação, consulte:
Acordo Ortográfico Recursos
Acordo Ortográfico Propostas de Atividades
Acordo Ortográfico Esclarecimento de dúvidas
Acordo Ortográfico Legislação e instrumentos normativos
Acordo Ortográfico Outras informações


Fonte: DGIDC