25 de janeiro de 2011

Concurso literário “MAR DE CONTOS”


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 Portugal está de regresso ao Mar!

conlit.jpgAo longo das últimas décadas o país parece ter-se esquecido daquele que foi, em tempos, o seu principal meio de engrandecimento. Mas hoje o Mar assume-se cada vez mais como um desígnio nacional que importa preservar e explorar. A proximidade de Portugal ao Mar faz deste um dos grandes factores diferenciadores do país, com uma abundância de potencialidades ainda por conhecer. 

A literatura portuguesa sempre procurou no Mar uma das suas principais fontes de inspiração. De Luís de Camões a Fernando Pessoa, passando por Vergílio Ferreira e Sophia de Mello Breyner, os maiores autores nacionais consagraram o Mar como um Mundo privilegiado de aventuras, tragédias e histórias de amor.

É neste contexto que a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar quer encorajar o surgimento de novos talentos literários inspirados na grande riqueza que é o Mar português.  

Escreve sobre o passado, o presente ou o futuro. Faz o relato de uma expedição científica ou de uma emocionante aventura de piratas. Conta a história de um peixe ou de um pescador. Recorda um episódio que se tenha passado contigo na praia ou num barco. Apela aos cuidados a ter com a poluição marítima. Em suma: escreve sobre o que quiseres, mas escreve sobre o Mar.

O concurso será lançado no Dia Nacional do Mar (16 Novembro) e vai estar aberto até 16 Fevereiro de 2011. Até lá envia-nos o teu conto e habilita-te a ganhar uma Wii, uma prancha de bodyboard ou os DVD’s da série “Mar é Azul”.

 

12 de janeiro de 2011

2 de janeiro de 2011

Destruição




Os amantes se amam cruelmente 
e com se amarem tanto não se vêem. 
Um se beija no outro, refletido. 
Dois amantes que são? Dois inimigos. 

Amantes são meninos estragados 
pelo mimo de amar: e não percebem 
quanto se pulverizam no enlaçar-se, 
e como o que era mundo volve a nada. 

Nada. Ninguém. Amor, puro fantasma 
que os passeia de leve, assim a cobra 
se imprime na lembrança de seu trilho. 

E eles quedam mordidos para sempre. 
deixaram de existir, mas o existido 
continua a doer eternamente. 
Carlos Drummond de Andrade