29 de fevereiro de 2008

Poesia Jovem

(Imagem retirada da net - via Google)

Cada vez que apareces
Meu coração fica aos pulos
Não sei o que dizer
Não sei o que fazer
Só sei que te quero aqui
Quero-te perto de mim
Quero que sejamos um
Que o nosso amor tudo vença
Não sei como explicar
O que sinto por ti
Não sei como te mostrar
O quanto és para mim
Mas numa palavra te descrevo:

AMO-TE!



Trabalho realizado pela aluna Daniela Rodrigues, Nº 6 - 9º B

27 de fevereiro de 2008

Concurso de Poesia

A ESCOLA SECUNDÁRIA D. SANCHO II, de Elvas vai realizar o
XIII CONCURSO DE POESIA

reservado a alunos do Secundário. O concurso é organizado pela Área de Projecto do 12º D. O TEMA é livre. As poesias devem ser apresentadas sob pseudónimo, num máximo de três poesias dactilografadas cuja extensão não ultrapasse uma página. A entrega será até ao dia 29 do corrente mês.
Serão premiados os três primeiros classificados.

Opinião

(O Pensador - Escultura de Auguste RODIN)

"Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos."

Autor: LOCKE , John

25 de fevereiro de 2008

António Gedeão - AURORA BOREAL

(Foto retirada dos álbuns da web do Picasa - Fábio)

Aurora boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.


António Gedeão

24 de fevereiro de 2008

Proposta de leitura




Título: Poemas Escolhidos (antologia organizada pelo autor)
Autor: António Gedeão
Editor: Edições João Sá da Costa, Lda.
ISBN-972-9230-46-3

Queres saber mais sobre o autor? Vê aqui => http://www.romulodecarvalho.net/biografia.html

21 de fevereiro de 2008

Lenda da rosa azul



A ROSA AZUL
A lenda da rosa azul é até hoje estudada por vários criadores de rosas, que tentam geneticamente criar a tal rosa azul, mas até hoje ainda ninguém conseguiu. Eu vou falar de duas lendas acerca desta rosa, uma portuguesa e outra da mitologia grega.

A lenda Portuguesa:
No Mosteiro da Cartuxa, no Buçaco, em Portugal, vivia, em séculos que já se foram, um piedoso e santo monge, cuja vida se consumia, inteira, entre a oração e as rosas. Jardineiro da alma e das flores, passava ele as manhãs de joelhos, no silêncio da nave, aos pés de um Cristo crucificado, e as tardes, no pequeno jardim da ordem, curvado diante das roseiras, que ele próprio plantava e regava.A sua paciência de jardineiro era absorvida, entretanto, por uma ideia, que era um sonho: encontrar a rosa azul das lendas do Oriente, de que tivera notícia, uma noite, ao ler os poemas latinos dos velhos monges medievais. Para isso, casava ele as sementes, os brotos, fundia os enxertos, combinando as terras, com que as cobria, e as águas, com que as regava, esperando, ansioso, o aparecimento, no topo da haste, do sonhado botão azul! Ao fim de setenta anos de experiências e sonhos, em que se lhe misturavam na imaginação as chagas vermelhas de Cristo e as manchas celestes da sua rosa encantada, surgiu, afinal, no coroamento de um galho de roseira, um botão azul, como o céu. Centenário e curvado, o velhinho não resistiu à emoção; adoeceu, e, conduzido à cela, ajoelhou-se diante do Crucificado, pedindo-lhe, entre soluços pungentes, que, como prémio à santidade da sua vida, não lhe cerrasse os olhos sem que eles vissem, contentes, o desabrochar da sua rosa azul.
Em volta do santo velhinho, no catre do mosteiro, todos choravam, compungidos. E foi, então, que, divulgada de boca em boca, foi a notícia ter a um convento das proximidades, onde jazia, orando e sonhando, uma linda infanta de Portugal. Moça e formosa, e, além de formosa e moça, - fidalga e portuguesa, compreendeu a pequenina freira, no jardim do seu sonho, o valor daquela ilusão, e correu à sua cela, consumindo toda uma noite a fazer, com os seus dedos de neve, uma viçosa flor de seda azul, que perfumou, ela própria, com essência de gerânio. E no dia seguinte, pela manhã, morria no seu catre, sorrindo entre lágrimas de alegria, por ter nas mãos trémulas, por um milagre do céu, a sua rosa azul!

A lenda Grega:
Conta a lenda que a Rosa foi criada por Clóris, a deusa grega das flores, a partir de um corpo sem vida de uma ninfa que ela encontrou certo dia numa clareira no bosque. Pediu ajuda de Afrodite -a deusa do amor – que deu à flor a beleza. Dionísio -deus do vinho – ofereceu o seu néctar para lhe proporcionar um perfume doce, e as três graças deram-lhe: encanto, esplendor e alegria. Depois Zéfiro - o vento oeste - afastou as nuvens com seu sopro para que Apolo - deus sol - pudesse brilhar e fazer a planta florescer. Desta forma a rosa nasceu e foi logo coroada "Rainha das flores".
Significados: AMOR, GRATIDÃO, RESPEITO, APRECIAÇÃO, ADMIRAÇÃO.
Sofia Graça, 8.º A

20 de fevereiro de 2008

OPINIÃO

(Foto de Francisco Sales)

"Os leitores extraem dos livros, consoante o seu carácter, a exemplo da abelha ou da aranha que, do suco das flores retiram, uma o mel, a outra o veneno."

Autor:NIETZSCHE , Friedrich

18 de fevereiro de 2008

POESIA JOVEM

(Imagem retirada da net - Google)

Hoje...
Mergulho num mar de incertezas
Tento entrar na casa do desconhecido...
Saindo sem ser reconhecido.
Tento olhar o céu, carregado de estrelas,
Mas cada uma tem uma pergunta a fazer.
Respondo a todas, na certeza do incerto.
Respiro o fumo do desespero,
Procuro-me na rua do esconderijo,
Concentro-me nas ruas da amargura
Procurando ajudar os condenados da vida,
Que ainda hoje procuram respostas,
A que não sei responder...
Entro em casa de cabeça baixa,
Olho pela janela...
Na rua não se vê nada,
Só um nevoeiro que parece não ter fim...
Vou para o quarto,
Deito-me e deixo-me adormecer,
Ouvindo a voz de um canário cantando,
Esperando que o dia de amanhã
Seja melhor que o de hoje!!

Trabalho realizado pelo aluno nº 19, do 9º B - Marco P. G. Mendes

15 de fevereiro de 2008

POESIA JOVEM



Escrevo, descrevo, escrevo...

Escrevo no mar com o dedo
E apago com o cotovelo
Traçando o meu destino.

Rio de nada
Olhando e pensando nela
Como um apaixonado.

Corro o risco de sufocar
Por não dizer o que sinto.
O que me está a dar?

Corro, corro depressa,
Saltando de nuvem em nuvem
Na esperança de a ver.

Sinto a minha vida a mudar,
Olho para trás
E não sinto nada.

Estarei louco?
Cresci tão depressa
Que nem dei pelo tempo passar.

Navego no vento
Escrevo no mar...
Cresço pensando nela,
Na loucura e no desespero
De não a voltar a ver.

Trabalho realizado pelo aluno nº 19, 9º B - Marco P. G. Mendes

14 de fevereiro de 2008

Biografia de Álvaro Magalhães


Álvaro Magalhães nasceu no Porto, em 1951.Começou por publicar poesia no início dos anos 80, em 1982, publicou o seu primeiro livro para crianças, intitulado “História com muitas Letras”.
Desde então construiu uma obra singular e diversificada, que conta actualmente com mais de três dezenas de títulos e integra contos, poesia, narrativas juvenis e textos dramáticos.As suas obras para a infância, onde reina a força do imaginário e da palavra, são o produto de uma sensibilidade espiritualizada que reivindica a totalidade mágica da existência e apelam permanentemente à imaginação e ao sonho, não como formas de escapismo mas como factores poderosos de modelação do ser.
Mais recentemente, acrescentou à sua obra a série “Triângulo Jota” de narrativas de mistério e indagação, sendo considerado “o primeiro a conseguir reformular e enriquecer, com sucesso, os modelos conhecidos”.Actualmente com 16 títulos, a “Triângulo Jota” cativou já perto de um milhão de leitores. Embora a acção dessas histórias seja por vezes vertiginosa, constitui-se como palco para o teatro dos sentimentos. As personagens, expurgadas de infantilidades e artificialismo, são construídas a partir do espaço e do tempo da sua consciência e não pela sua esfera de acção, o que as torna reconhecíveis. A perfeição estrutural dos enredos, um uso peculiar do fantástico e uma “visualidade” quase cinematográfica são algumas das qualidades dessas e de outras obras narrativas do autor.Considerado um dos mais importantes escritores da sua geração, pela originalidade e singular irreverência da sua obra, Álvaro Magalhães foi várias vezes premiado pela Associação Portuguesa de Escritores e pelo Ministério da Cultura, logo desde o início da sua carreira literária. Recentemente, integrou a delegação portuguesa ao Salão do Livro de Genebra de 2001, em que Portugal foi convidado de Honra. Neste mesmo ano, o título Hipopóptimos – “Uma História de Amor” foi seleccionado para integrar o Projecto BARFIE (Books and Reading For Intercultural Education), que visa a construção de uma biblioteca europeia composta por obras de reconhecida importância para a promoção da educação intercultural.
Trabalho elaborado por:
Ana Rita Duarte nº1 8ºA
Ruben Dias nº 17 8ºA

www.asa.pt/autores/autor.php?id_autor=495

11 de fevereiro de 2008

Pôr-do-sol no Alentejo...

( Foto da autoria de Luisamrnet)
Sol posto. O sino ao longe dá Trindades
Nas ravinas do monte andam cantando
As cigarras dolentes… E saudades
Nos atalhos parecem dormitando…

É esta a hora em que a suave imagem
Do bem que já foi nosso nos tortura
O coração no peito, em que a paisagem
Nos faz chorar de dor e d’amargura…

É a hora também em que cantando
As andorinhas vão p’lo meio das ruas
Para os ninhos, contentes, chilreando…

Quem me dera também, amor, que fosse
Esta a hora de todas a mais doce
Em que eu unisse as minhas mãos às tuas!…

Florbela Espanca - Trocando olhares - 29/07/1916

10 de fevereiro de 2008

Opinião


Fotografia de Paulo Lopes, álbum Alentejo Tour 2007 at www.pbase.com

"A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional."

Autor: ECO, Umberto



"Creio que nada substitui a leitura de um texto, nada substitui a memória de um texto, nada, nenhum jogo."

Autor: DURAS, Marguerite

8 de fevereiro de 2008

Ecos da Serra








" Cada palavra escrita será um pouco de mim, retratará a minha alma e o meu coração..."
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JOÃO MORGADO, nascido a 4 de Fevereiro de 1953, em Leiria, reside, como ele próprio diz, "algures entre a poesia e a solidão" (Guarda). É um homem a quem a vida já ensinou muito, nem sempre sem sofrimento.
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Auto-intitula-se "um pretenso poeta" que, "por vezes,[é] um divagador, conversando com o céu, em outras, o céu procurando o cometa da boa viagem!"
*
Desde sempre ligado às artes (teatro amador e folclore), a poesia surgiu-lhe como um escape num momento difícil da sua vida. Está para breve a publicação do seu primeiro livro de poemas.
*

A poesia, sinto-a como uma mais valia,
Colorindo-me a vida como uma aguarela,
Que eu conserve sempre esta fantasia
E nunca deixe de lutar para mantê-la
*
É para mim um namoro constante
Entre a minha mente e a poesia
Desde o anoitecer ao meu levante
É quando ela fica mais em nostalgia
*
Uns dias, é ela que me recorda
Noutros sou eu a ela enamorado
Nos dias em que roemos a corda
Sinto-me muito mais atormentado
*
A poesia vive em mim o tempo todo
Como se fizesse parte de mim
Dos meus sonhos, do meu lodo
Eu vivo dela e ela me paga assim
*
Com momentos belos de devoção
Delírios, carinhos, alguma calma
Quando me aflora a inspiração
Lavro o que sinto na alma

7 de fevereiro de 2008

Novo Livro de Ana Hatherly
























No próximo dia 12 de Fevereiro, às 18 horas, no Salão Nobre da Universidade Aberta (Rua da Escola Politécnica, 147, Lisboa), será apresentado o livro

A NEO-PENÉPOLE

de
Ana Hatherly

A obra será apresentada por Teresa Joaquim e Anabela Galhardo Couto.

6 de fevereiro de 2008

Experiência de Leitura















O Não-Mago - As Torres de Romander

Esta é a história de Lethe, o Não-Mago. Todos o conhecemos das velhas lendas, mas apenas eu consigo vislumbrar a totalidade da história da sua vida. Uma última reviravolta do destino mostrou-me que me cabe a mim fazê-lo. E, uma vez que o mero relato dos factos nunca faz justiça à complexidade de uma existência, decidi escrever este livro como se fora uma ficção. Não que não conte a verdade, claro está, pois testemunhei muitos destes eventos e os restantes foi o próprio Lethe que mos contou.

Pela primeira vez em muitos, muitos séculos, um jovem da ilha de Loh demonstra não possuir nenhum talento para a magia. Por isso, não poderá receber uma formação idêntica à dos seus restantes companheiros. Matei, um dos sete magos mais poderosos do Reino, descobre porém, por essa altura, graças ao estudo de um antigo manuscrito e de uma série de sinais dispersos pelas Ilhas, uma força maligna que em cada nove mil anos ameaça a existência do seu mundo. Mas nenhum feiticeiro, por maior que seja o seu poder, parece ser capaz de fazer frente ao horror da magia incolor. À medida que o perigo se aproxima, Matei aperceber-se-á contudo que Lethe, o Não-Mago, possui na verdade uma série de dons cruciais para a sobrevivência do Reino.

As Torres de Romander é o volume inicial da trilogia do Não-Mago.
W. J. Maryson é o pseudónimo do escritor holandês Wim Stolk, um artista polifacetado. Nascido em 1950, trabalhou durante algum tempo para o governo Holandês, tendo-se depois dedicado à pintura. Em princípios dos anos 80, fundou uma agência de publicidade. Mais tarde, viria ainda a criar um grupo de rock, Maryson, que editou vários albuns inspirados nos seus livros. Foi também produtor e organizador de concertos e festivais.

É o autor mais popular de fantasia épica na Holanda, estabelecendo grande parte da sua reputação com a trilogia do Não-Mago. Escreveu mais de 11 romances e vários contos traduzidos para nove línguas, tendo, em 2004, vencido o Prémio Elf Fantasy Award.

Manuel Cruz Bucho, n.º 9, 8.º A

4 de fevereiro de 2008

Efemérides - 4 de Fevereiro - Nascimento de Almeida Garrett


JOÃO BAPTISTA DA SILVA LEITÃO e mais tarde visconde de ALMEIDA GARRETT, (Porto, 4 de Fevereiro de 1799 — Lisboa,9 de Dezembro de 1854) foi um ESCRITOR e dramaturdo romântico, orador, Par do Reino, ministro e secretário de Estado honorário português.Grande impulsionador do teatro em Portugal, uma das maiores figuras do ROMANTISMO português, foi ele quem propôs a edificação do Teatro de D. Maria II e a criação do Conservatório de Arte Dramática.


Algumas das suas obras:

1825 - Camões
1826 - Dona Branca
1838 - Um Auto de Gil Vicente
1843 - Frei Luís de Sousa (representação)
1845 - O Arco de Sant'Ana - tomo 1; Flores Sem Fruto
1846 - Viagens na Minha Terra
1850 - O Arco de Sant'Ana - tomo 2
1853 - Folhas Caídas ******************************************* (Fonte: Wikipédia)

Este inferno de amar - como eu amo!
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?


Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?


Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o Sol tanta luz
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei;
Mas nessa hora a viver comecei..


[ Almeida Garrett, Folhas Caídas ]