15 de abril de 2009

Monteiro Lobato


José Bento Renato Monteiro Lobato, (Taubaté, 18 de abril de 1882 — São Paulo, 4 de julho de 1948) foi um dos mais influentes escritores brasileiros do Século XX. Foi o "precursor" da literatura infantil brasileira e ficou popularmente conhecido pelo conjunto educativo, bem como divertido, de sua obra de livros infantis, o que seria aproximadamente metade da sua produção literária. A outra metade, consistindo de inúmeros e deliciosos contos (geralmente sobre temas brasileiros), artigos, críticas, prefácios, um livro sobre a importância do petróleo e do ferro e um único romance, O presidente Negro, que não alcançou a mesma popularidade que suas obras para crianças...
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Principais Obras:



O Pica pau amarelo - Um sítio onde moram personagens do mundo das fábulas, príncipes, princesas, heróis da mitologia grega. Dona Benta é a anfitriã, que adquire todas as terras dos arredores para proporcionar maior conforto ao pessoal.

As caçadas de Pedrinho - Um dia o Marqueês de Rabicó descobre uma onça pelas redondezas. Os meninos decidem organizar uma expedição para caçar a fera. Nem Dona Bentan nem Tia Anastácia deveriam saber alguma coisa, senão... No meio das aventuras acabam encontrando Quindim, o rinoceronte que fica morando no sítio.

Emília no País da Gramática - Uma das obras primas de Monteiro Lobato e provavelmente o livro mais original que se escreveu sobre o assunto. A "língua" é figurada como um país: O País da Gramática, povoado por sílabas, pronomes, numerais... Quindim, o rinoceronte, leva todo o pessoal do sítio para lá e é ele que tudo mostra e explica.


Monteiro Lobato reescreveu fábulas de Esopo e La Fontaine:


O Burro Juiz -


"Disputava a gralha com o sabiá, afirmando que a sua voz valia a dele. Como as outras aves rissem daquela pretensão, a bulhenta matraca de penas, furiosa, disse:Nada de brincadeiras. Isto é uma questão muito séria, que deve ser decidida por um juiz. Canta o sabiá, canto eu, e a sentença do julgador decidirá quem é o melhor artista. Topam?

- Topamos! piaram as aves. Mas quem servirá de juiz?

Estavam a debater este ponto, quando zurrou um burro.- Nem de encomenda! exclamou a gralha. Está lá um juiz de primeiríssima para julgamento de música, pois nenhum animal possui maiores orelhas. Convidê-mo-lo.Aceitou o burro o juizado e veio postar-se no centro da roda.

- Vamos lá, comecem! ordenou ele.

O sabiá deu um pulinho, abriu o bico e cantou. Cantou como só cantam sabiás, garganteando os trinos mais melodiosos e límpidos. Uma pura maravilha, que deixou mergulhado em êxtase o auditório em peso.- Agora eu! disse a gralha, dando um passo à frente.E abrindo a bicanca matraqueou uma grita de romper os ouvidos aos próprios surdos.Terminada a justa, o meritíssimo juiz deu a sentença:

- Dou ganho de causa à excelentíssima senhora dona Gralha, porque canta muito mais forte que mestre sabiá.

Moral da História: Quem burro nasce, togado ou não, burro morre. “

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Personagens de Monteiro Lobato - http://www.lendorelendogabi.com



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