O cais ao entardecer,
Espero eu viver,
Para o ver outonal
Naquela tarde de Outubro.
*
Naquela tarde de Outubro
Os rios cruzaram-se com os mares
E nasceu um rio cinzento
(Vogava como vento!)
Que brotou de teus olhos despidos.
*
E ainda me revejo nessa tarde
A olhar para os teus cabelos
Caídos no leito do Tejo,
E a contar uma história sibilante
Às gaivotas que partiam para sul.
Manuel Cruz Bucho, 9.º A
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