6 de abril de 2009

No cais, ao entardecer


foto: J. T.

O cais ao entardecer,

Espero eu viver,

Para o ver outonal

Naquela tarde de Outubro.

*

Naquela tarde de Outubro

Os rios cruzaram-se com os mares

E nasceu um rio cinzento

(Vogava como vento!)

Que brotou de teus olhos despidos.

*

E ainda me revejo nessa tarde

A olhar para os teus cabelos

Caídos no leito do Tejo,

E a contar uma história sibilante

Às gaivotas que partiam para sul.

Manuel Cruz Bucho, 9.º A

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