8 de fevereiro de 2008

Ecos da Serra








" Cada palavra escrita será um pouco de mim, retratará a minha alma e o meu coração..."
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JOÃO MORGADO, nascido a 4 de Fevereiro de 1953, em Leiria, reside, como ele próprio diz, "algures entre a poesia e a solidão" (Guarda). É um homem a quem a vida já ensinou muito, nem sempre sem sofrimento.
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Auto-intitula-se "um pretenso poeta" que, "por vezes,[é] um divagador, conversando com o céu, em outras, o céu procurando o cometa da boa viagem!"
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Desde sempre ligado às artes (teatro amador e folclore), a poesia surgiu-lhe como um escape num momento difícil da sua vida. Está para breve a publicação do seu primeiro livro de poemas.
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A poesia, sinto-a como uma mais valia,
Colorindo-me a vida como uma aguarela,
Que eu conserve sempre esta fantasia
E nunca deixe de lutar para mantê-la
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É para mim um namoro constante
Entre a minha mente e a poesia
Desde o anoitecer ao meu levante
É quando ela fica mais em nostalgia
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Uns dias, é ela que me recorda
Noutros sou eu a ela enamorado
Nos dias em que roemos a corda
Sinto-me muito mais atormentado
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A poesia vive em mim o tempo todo
Como se fizesse parte de mim
Dos meus sonhos, do meu lodo
Eu vivo dela e ela me paga assim
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Com momentos belos de devoção
Delírios, carinhos, alguma calma
Quando me aflora a inspiração
Lavro o que sinto na alma

1 comentário:

João Morgado disse...

Eu rimo quando estou triste,
nesta vida feita Calheta.
Sou o momento que existe,
no que sou “pretenso poeta”.

Extravaso as alegrias.
Com rimas a meu contento,
falo das coisas fugidias.
Sinto gozo no momento.

À lareira das minhas dores,
em fantasias embriagadas,
porfio nos meus gastos amores,
em remansos e enseadas.

De tantas coisas eu me privo.
Sei que rimo e para mim é tudo.
Penarei, nas linhas deste livro,
para que ele não fique mudo.

Jót@